PADRE LEONARDO
CASTELLANI
(16 de novembro de 1899 – 15 de março de
1981)
“Hoje
em dia é crença geral que o demoníaco é coisa de tempos idos. A mentalidade
liberal (o racionalismo, o modernismo religioso) acredita que todos os homens
são naturalmente bons; mas não apenas demasiado bons, uma coisa assim mais ou
menos: o mistério da santidade e o mistério da perversidade, não têm olhos para
vê-los. Sem embargo, nunca o demoníaco se evidenciou tanto como em nossa época,
embora suas manifestações sejam mais espirituais que corporais: essa apologia
da homossexualidade, por exemplo, que hoje se faz desembaraçadamente e é
coroada pelas Academias internacionais e propagada pelas grandes editoras, é demoníaca.
Belloc escreveu: ‘Tenho medo da época que
se aproxima, não tanto por sua luxuria como por sua crueldade’.
Fonte: Psicología Humana, Mendoza: Ediciones Jauja, 1995, p. 59.
“Acertou
o Cardeal Newman quando cunhou a nova Teologia de ‘Cristianismo Liberal’, pois
antes que uma doutrina econômica ou política, o Liberalismo é uma heresia, e
quando ela contamina o clero, promove uma teologia que embora aparente
purificar a fé de mitos, na realidade reduz o cristianismo à mitologia...”
Fonte: Psicología Humana, Mendoza: Ediciones Jauja, 1995, p.
210.
“O liberalismo, com seus falsos dogmas e suas
falsas liberdades, é um protestantismo disfarçado e um catolicismo adulterado.
Isto debilitou política e socialmente as nações católicas da Europa: a ficção
do catolicismo. Na Áustria, Espanha, Itália e França, como entre nós, a massa
se denominava católica, mas, na realidade, a metade eram católicos de coração e
a outra metade católicos de nome e protestantes e maçons na prática. Tinham unidade aparente e uma profunda divisão
ideológica de fundo”.
Fonte: Sentencias y aforismos político, n. 28, Buenos Aires:
Patria Grande, 1981, p. 9.
“O liberalismo em seus primórdios tinha algo
de bom, pois não há erro tão grande que não tenha algo de verdadeiro, nem
heresia que não se baseie em um dogma cristão (na corrupção de um dogma
cristão). As três divisas do liberalismo: liberdade, igualdade, fraternidade,
não eram mais que as três palavras cristãs: ordem, hierarquia e caridade, que
haviam pendurado a batina, como nossos famosos ‘curas [padres] liberais’”.
Fonte: Sentencias y aforismos político, n. 23, Buenos Aires:
Patria Grande, 1981, p. 9.
“O Comunismo, inventado por Karl Marx, é uma carnalização do Reino Messiânico prometido à Israel. E também o Liberalismo é uma doutrina religiosa falsa: uma heresia que tem como que três divisões: liberalismo econômico, político e religioso; e pareceria que não são tão maus, que o liberalismo econômico não tem nada haver com a religião, que é um sistema econômico; mas não é assim, porque este sistema se baseia na ideia teológica herética de que ‘o homem é naturalmente bom, e a sociedade que torna mal’; portanto, dando absoluta liberdade a todo homem (e no campo econômico, ao comércio e ao capital), o homem se fica automaticamente bonzinho, bom, muito bom, boníssimo e santo. Nega, pois, a elevação do homem ao estado sobrenatural, a queda do homem e a necessidade da redenção do homem, nada menos. E com isso nega a Realeza de Cristo”.
Fonte: Domingueras Prédicas, “Cristo Rey”.
Tradução: Fernando Rodrigues Batista
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