terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O MUNDO MODERNO É POR ESSÊNCIA TOTALITÁRIO

PE. JULIO MEINVIELLE
(31 de agosto de 1905 - 02 de agosto de 1973) 

"O mundo moderno é, por essência, totalitário. Poderá deixar de ser liberal e também comunista, porém não deixará de ser totalitário. Porque o que o distingue e o constitui é precisamente o enfrentar-se com a Igreja e pretender, sem Ela, abarcar todo homem. De mais a mais... o Mundo Moderno, ao constituir-se em Deus, tem que absorver todas as atividades e aspirações do homem. O Mundo se converte em Igreja. Em Contra-Igreja. Em suma "Teocracia" absoluta e totalitária. (p. 119-120) 

"A Europa Cristã, que ainda continua alimentando e sustentando os poucos restos de valores humanos subsistentes no mundo de hoje, foi levantada por Reis e monges santos, que trabalharam eficazmente pelo bem dos povos, precisamente porque haviam sabido tomar a sério o Evangelho e realizá-lo em si mesmos pelo perfeito desprendimento do amor à si mesmos e pelo perfeito amor de Deus" (p. 112-113)
 
"A civilização moderna, ou a Revolução, se nos apresenta como um processo canceroso, que se desenvolve sobre o corpo vigoroso da civilização cristã e que a esta devorando numa ação de cinco séculos. As grandes manchas deste processo canceroso tomam o nome de naturalismo, liberalismo, socialismo, comunismo e tecnocracia" (p. 154) 

"Primeiramente, o homem vê-se privado de sua condição de imagem sobrenatural de Deus que a verdade e a graça de Cristo lhe proporcionam. Fica reduzido à sua condição puramente humana, racional, filosófica, política; é imagem natural de Deus por sua inteligência e vontade. Mas logo, quando o processo de degradação continua, outra Revolução se verifica, outra degradação, que consiste na privação desta imagem natural de Deus, e em consequência fica o homem reduzido à condição de puro animal, sem outra preocupação que a satisfação das necessidades materiais proporcionadas pelo gozo sensível da vida. O homem passa a viver impulsionado pelo gozo econômico das riquezas". 

"O homem totalmente degradado e sem o ordenamento do sobrenatural, do natural e ainda do animal, não há de servir senão para ser utilizado como uma peça na edificação da sociedade máquina, da torre de babel" (p. 164).
 
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Fonte: MEINVIELLE, Julio. La iglesia y el mundo moderno, Buenos Aires: Ediciones Theoria, .

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